Mar do MAM

Hoje, 19 de maio de 2009, começou como outro dia qualquer, mantive a rotina e realmente não houve nada de anormal ou diferente no decorrer dele.
Chegando ao trabalho (trabalho no Museu de Arte Moderna da Bahia- MAM) soube que ficaria no Parque de Esculturas, uma galeria à céu aberto e na minha opinião o ambiente mais belo do MAM, porém também o menos movimentado de todo o museu, motivo que me fez não gostar tanto da idéia de ter que ficar lá.
As horas estavam passando até mais rápido do esperava, eu cantarolava uma canção ou outra que me vinha a mente pra matar o tempo e também observava aquele cenário lindo, criado numa bela parceria divina e antrópica, árvores grandes com suas raízes fortes e a mostra, dividindo espaço com esculturas de artistas renomados. À minha direita avisto o Forte São Marcelo e o elevador Lacerda, à minha frente a ilha de Itaparica, mas havia algo que conseguia me prender mais atenção que todas as outras, o mar do MAM!
No meio de tanta beleza o mar do MAM consegue se destacar, ele ta ali, ora pacífico, ora raivoso, mas ta sempre ali vivo, despertando o meu interesse de alguma forma. Vai de encontro as pedras, faz aquele barulho e sobe a espuma, tornando o espetáculo mais bonito; agride o píer, que já não demonstra tanta resistência e já está em partes danificado, como se quisesse expulsa-lo dalí, como anticorpos do sistema imunológico tentando expulsar um invasor do organismo.
De uma visão panorâmica enxergo toda sua grandeza, os navios em fila (não indiana) esperando sua vez de desembarcar no porto, consigo ver as partes do mar que estão mais agitadas, as mais turbulentas, imagino que poucos conseguiriam escapar com vida se caíssem nesses pontos que o mar do MAM demonstra mais fúria. Ao me aproximar, a água transparente m permite ver corais e ouriços, e ainda alguns peixes passando.
O sol, ao se por, dá um colorido especial ao céu e ao mar, tons laranja, amarelo e lilás surgem, o espetáculo que já era lindo consegui ficar mais exuberante.
Reparando bem, o mar do MAM é mais verde que o resto da Baía de Todos os Santos, talvez até mais verde que outros mares, ele é intrigante, imponente e altamente sedutor. Atiça todos os sentidos, seu cheiro, seu som, sua beleza... Êh maresia boa!